Há mais de duzentos anos o povo de Oeiras celebra a Imaculada Conceição, uma das mais populares devoções marianas, festejada no dia 8 de dezembro. Data consagrada a Virgem Imaculada no calendário litúrgico, através da Bula ineffabilis Deus, proclamada pelo Papa Pio IX em 1854, que definiu o Dogma da Imaculada Conceição da Virgem Maria. Ela que foi concebida sem a mancha do pecado original, para gerar o Salvador Jesus Cristo.
Dogma significa uma verdade de fé, é o ponto fundamental de uma doutrina religiosa. No Cristianismo, chamam-se dogmas as verdades reveladas, propostas pela autoridade da Igreja, como artigos de fé. O Dogma da Imaculada Conceição, mesmo proclamado na segunda metade do século XIX, já era vivenciado pelas primeiras comunidades cristãs, que já prestavam culto a Virgem Maria, como Imaculada Conceição, à luz das Sagradas Escrituras.
São Tiago Menor, que realizou o esquema da liturgia da Santa Missa, prescreve a seguinte leitura após ler alguns trechos do Antigo e do Novo Testamento: “Fazemos memória de Nossa Santíssima Imaculada, e gloriosíssima Senhora Maria, Mãe de Deus e sempre Virgem”.
O evangelista São Marcos na liturgia que deixou às Igrejas do Egito, utiliza-se de expressões semelhantes: “Lembremo-nos sobretudo, da Santíssima Imaculada e bendita Senhora Nossa, a Mãe de Deus e sempre Virgem Maria”.
A festa da Imaculada Conceição é comemorada em todo o mundo, e em Oeiras as novenas começam no dia 29 de novembro, com peregrinação da imagem Mariana, quermesse, leilão e grande participação popular.
A devoção a Imaculada Conceição está presente durante todo o ano na cidade de Oeiras. Todos os sábados após a Santa Missa das 19h, os devotos se reúnem na Igreja da Conceição, localizada na Praça Mafrense, para louvar e agradecer a Virgem Maria, através do Ofício de Nossa Senhora. Um momento partilhado por dezenas de fiéis, que rezam cantando “os grandes louvores da Virgem Mãe de Deus”(trecho do Ofício).
O festejo vai até o dia 8 de dezembro, quando acontece procissão com as imagens da Virgem Imaculada e São José pelas ruas do Centro Histórico, marcando o encerramento da festa religiosa.
*Pedro Dias de Freitas Júnior é professor de História, Jornalista, membro do Instituto Histórico de Oeiras e Conselheiro da Fundação Nogueira Tapety
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