terça-feira, 21 de abril de 2009

A Oeiras de Dagoberto

Ultimamente folheando o exemplar da 4ª edição de Passeio a Oeiras do escritor oeirense Dr. Dagoberto de Carvalho, fiquei a contemplar o poema que abre a referida edição, pois nele há uma mistura de melancolia e verdade, que se torna cada vez mais atual. O poema OEIRAS foi escrito em 1968 e é de autoria do próprio Dagoberto, que além de escrever muito bem sobre a nossa terra é um grande estudioso da obra de Eça de Queirós. Acompanhe o poema OEIRAS:

Olhai senhores! Esta que assim de saudade,
parece aos nossos olhos quase morrendo...
tanta lembrança em tudo guardando;
vontade de viver ontem de novo, ou talvez querendo,

A velhos fantasmas amigos, por bondade
longas noites do passado deixar vivendo...
e esconde tanta história, tanta vaidade
nos beirais que ficaram, o tempo esquecendo,

É senhores, minha Oeiras, só saudade!
é minha Oeiras dos Passos, da Ponte Grande,
do Rosário e do Morro da Sociedade...


Do Pé de Nosso Senhor, do Leme encantado,
da Praça da Matriz, da Casa do Visconde,
da Rua do Fogo e do Beco do Sobrado!


Dagoberto de Carvalho Jr.
18 de março de 1968

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